diariodocruzeiro

A vida simples de gente simples numa rua simples de Lisboa

13.7.06

Sexão Publicidade

Drogaria A Esquina
Diversidade e bom gosto em 40m2.
Se procura desentupidores, candelabros, botijas de gás ou couvetes de gelo,
Venha à Drogaria A Esquina , onde um atendimento simpático e a garantia de satisfação se combinam na perfeição. Todo o tipo de porcas, todos os tamanhos de brocas, variedade em ferragens e alcóoles diversificados. Drogaria A Esquina, torna prazenteiro o dia-a-dia da menina.

Zé Sapateiro
Arranjos, concertos, reparos, engraxamentos rápidos.
A tradição de 30 anos de mestria e bom gosto.
Todo o tipo de graxas e solas em cortiça, goretexe e cola macaca.
Pregos antioxidantes com o suor.
Capas em todos os materiais comercializáveis no país e estrangeiro.
Com Zé Sapateiro, os sapatos valem o dinheiro e o chulé cheira porreiro.

7.7.06

Passadeiras. Um escândalo.

É conhecido por todos o escândalo que grassa na zona oriental da Rua do Cruzeiro e na ocidental da Calçada da Tapada (esta última conhecida por Parque de Estacionamento dos moradores do Cruzeiro) no que respeita ao excesso completamente irracional de passadeiras.

Num espaço que não ultrapassa os 100 metros contam-se quatro, talvez cinco passadeiras das largas. Sabendo que a actual lei (completamente despropositada) exige um mínimo de cinco metros à esquerda da passadeira, facilmente se percebe que a vida dos cidadãos automobilizados do Cruzeiro estaria condenada a deixar de existir em muito pouco tempo. Para além disto, as forças de autoridade, provavelmente atiçadas por gentes da Calçada da Tapada, andam com um inexplicável excesso de zelo que faz lembrar mesmo as ditaduras militares mais sanguinárias.

A continuar assim, muito em breve estarão os cidadãos obrigados a estacionar no passeio de modo a evitar as passadeiras, criando aquele espectáculo indigno que povoa algumas das ruas menos civilizadas desta cidade.

Urge portanto o levantamento popular adequado. Todos à Drogaria Olinda, encomendar uma lata de tinta preta cada um e promover a pintura de negro do asfalto do Cruzeiro e, sobretudo, do seu Parque de Estacionamento adjacente!

5.7.06

Dão-se alvíssaras

Pela cabeça do filho da puta que acha boa ideia começar à martelada às oito e meia da manhã. Em alternativa, desejo que lhe seja entregue uma carruagem de estrume todos os dias em sua casa durante duas semanas. Hás-de comer pichas no Inferno para toda a eternidade, corno de merda. Se fosses martelar os colhões eras uma pessoa mais feliz. Um enorme foda-se. Há maneiras mais agradáveis de se ser acordado meia hora depois de ir para a cama. Não muitas, mas há.

4.7.06

Extra! Extra!

Determinado indivíduo que dizia ter que se levantar cedíssimo no dia de hoje foi visto sair de sua casa na Rua do Cruzeiro, já passava ligeiro o pi das dez e meia da quase tarde.

o autor da notícia revela desde já que não pretende emitir qualquer tipo de opinião ou juízo, nem sequer avançar que determinado indivíduo que dizia ter que se levantar cedíssimo no dia de hoje e que foi visto sair de sua casa na Rua do Cruzeiro, já passava ligeiro o pi das dez e meia da quase tarde, não se tenha de facto levantado cedíssimo.

pretende o autor, tão só, transmitir o facto de que determinado indivíduo que dizia ter que se levantar cedíssimo no dia de hoje foi visto sair de sua casa na Rua do Cruzeiro, já passava ligeiro o pi das dez e meia da quase tarde.

Estreia-se o Diário do Cruzeiro

A vida passa prazenteira e pachorrenta na rua do Cruzeiro. Na nossa, porque nas outras 24 que existem por esse país não fazemos ideia.
Na nossa é diferente. Entre o assalto da ida ao Chico e a passeata inclinada ao Calvário este quotidiano Cruzeirense sempre foi digno de nota. Só ninguém alguma vez se atreveu a fazê-lo.
Passar a registar esta triste realidade o mais regulamente possível é uma custosa tarefa que sem saber porquê nos propomos a cumprir. Na verdade aproveitamos o facto de uns quantos fulanos viverem numa estreita proximidade que a internet ajuda a encolher e editar. Há também o telefone fixo, uma novidade cá na terra dos satélites de comunicação.
Que sirva para registar uma ou outra notícia digna de aparecer no escaparate deste belogue. Há também visitantes regulares que serão dignos de convite para este espaço na internéte, alguns renomeados como mestres escribas no mercado esferográfico português. Se entretanto se extinguir, como tantos outros que surgiram antes, que se lixe, pior era não ter começado sequer.